Governo evita ‘pedalada’ e desgaste com MP emergencial.

O governo Lula agiu rapidamente para reverter a suspensão das linhas de crédito subsidiado do Plano Safra, temendo um desgaste político semelhante ao da crise do Pix. A solução envolveu intensas negociações entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do TCU, Vital do Rêgo, e o chefe da Secom, Sidônio Palmeira.
A suspensão, motivada pelo risco de “pedalada fiscal” devido ao esgotamento dos recursos, gerou críticas do setor agropecuário e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Monitoramento de redes sociais indicava o início de uma narrativa de que o Plano Safra seria extinto.
Para evitar um agravamento da crise, o governo optou por abrir um crédito extraordinário via Medida Provisória (MP), liberando recursos imediatos sem ferir o arcabouço fiscal. Haddad consultou o TCU e comunicou a decisão a Lula, que deu o aval para a MP.
Apesar da solução, a condução do processo gerou críticas a Haddad e à Fazenda, acusados de burocratização e falta de diálogo com outras áreas do governo. A demora na aprovação do Orçamento de 2025 também foi apontada como um fator complicador.
A oposição criticou a tentativa de responsabilizar o Congresso pela lentidão na aprovação do orçamento. As críticas vieram também de membros da base aliada. A Fazenda se defende, alegando que o aumento repentino da demanda por subsídios impediu uma ação preventiva.
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