A Batalha pelo Senado: O Jogo Político de 2026

Aliados de Bolsonaro articulam estratégias para conquistar a maioria no Senado e enfrentar o STF nas próximas eleições.

Deputado federal Gustavo Gayer

Estamos enfrentando diversas batalhas em diferentes frentes. Atualmente, há a luta pela anistia, que, caso seja alcançada, poderá desmoralizar aqueles que, segundo nossos princípios, comprometeram a imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (STF), além de restituir a dignidade de famílias injustiçadas.

Além disso, há preocupações com ações do STF, que, em conjunto com o governo, estaria buscando mecanismos para restringir a liberdade na internet. Essa é uma disputa fundamental, pois, caso seja perdida, a capacidade de continuar lutando poderá ser severamente comprometida, resultando em censura, o que, segundo essa visão, é exatamente o objetivo desses atores.

No Congresso, há iniciativas para aprovar projetos de lei que buscam limitar o poder exercido pelo STF sobre o Parlamento e restaurar as prerrogativas dos parlamentares. Paralelamente, medidas estão sendo articuladas nos Estados Unidos, sob a liderança de Eduardo Bolsonaro, com o intuito de conter aquilo que é apontado como perseguição por parte dos ministros da Suprema Corte.

Entretanto, há uma batalha que se destaca como a mais crucial, representando o possível desfecho dessa disputa: a obtenção da maioria no Senado em 2026. O Senado Federal, composto por 81 senadores, é a única instituição com competência constitucional para conduzir processos de impeachment contra ministros do STF. Para que um pedido desse tipo prospere, é necessária a aprovação da maioria absoluta da Casa.

Nas eleições de 2026, estarão em disputa 54 das 81 cadeiras do Senado. Se ao menos 30 dessas vagas forem ocupadas por parlamentares alinhados à direita, será possível inverter o atual cenário político e reequilibrar o poder entre as instituições. A projeção é otimista, uma vez que diversas lideranças conservadoras têm ganhado força nos estados. Como cada unidade da federação poderá eleger dois senadores, há uma oportunidade significativa para consolidar essa maioria.

No entanto, há preocupações quanto a possíveis interferências no processo eleitoral. Segundo essa visão, ministros do STF estariam articulando estratégias para impedir que Jair Bolsonaro consiga eleger a maioria no Senado, incluindo a tentativa de tornar inelegíveis potenciais candidatos de oposição. Além disso, há relatos de diálogos entre integrantes do STF e governadores, com o objetivo de convencê-los a disputar uma vaga no Senado, o que reduziria as chances de candidatos conservadores serem eleitos.

A avaliação é de que, até as eleições de 2026, novas medidas poderão ser adotadas para dificultar a candidatura de figuras de destaque da direita. Diante desse cenário, o ex-presidente Bolsonaro tem se dedicado à mobilização de aliados e eleitores, reforçando a importância estratégica do Senado como espaço para reverter o atual panorama institucional.

A meta, segundo seus apoiadores, é clara: eleger senadores comprometidos com a restauração do equilíbrio entre os Poderes, a garantia da liberdade de expressão e o enfrentamento do que consideram ser uma “ditadura da toga”. Para isso, será essencial manter a mobilização política e garantir que os eleitores compreendam a relevância desse pleito.

A batalha segue em curso e, para aqueles que compartilham dessa visão, a vitória no Senado representaria um ponto de virada decisivo.

Veja mais em: Absurdo total! Ministro do STF reage ao plano do Bolsonaro de dominar o senado

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