Processo nos EUA ocorre logo após denúncia contra Bolsonaro

Aliados do ex-presidente tentam reação contra o STF

Poucas horas após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia contra Jair Bolsonaro, Paulo Figueiredo e outros 32 investigados por envolvimento em um suposto plano golpista, uma ação judicial nos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes foi movida pela empresa de mídia de Donald Trump.

Contexto da denúncia

A PGR acusa o ex-presidente de liderar uma organização criminosa para tentar reverter o resultado das eleições de 2022, o que teria culminado nos atos de 8 de janeiro de 2023. Figueiredo, por sua vez, é apontado como um dos articuladores de ataques contra militares que não aderiram ao suposto plano golpista.

Trump e Bolsonaro possuem uma relação de longa data, marcada por trocas de apoio público. Apesar disso, Trump ainda não se manifestou sobre a nova denúncia contra seu aliado brasileiro. Bolsonaro, no entanto, aposta que um eventual retorno de Trump à presidência dos EUA possa mudar o cenário político a seu favor.

Defesa e reações

Bolsonaro negou todas as acusações e sua defesa classificou a denúncia como absurda, afirmando que ele “jamais compactuou com qualquer ataque ao Estado Democrático de Direito”. Já Paulo Figueiredo, também denunciado, afirmou que vê a ação como um reflexo de uma suposta “ditadura” no Brasil e que espera responsabilizar, no futuro, agentes públicos que considera perseguidores políticos.

Morando na Flórida, Figueiredo tem buscado apoio no Congresso dos EUA contra decisões do STF. Recentemente, ao lado de Eduardo Bolsonaro, visitou parlamentares republicanos, incluindo Maria Elvira Salazar, que reintroduziu um projeto de lei para cassação de vistos de autoridades envolvidas em supostos atos de censura.

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