Empresa alega restrição a vozes de direita nas redes sociais

A Trump Media & Technology Group (TMTG), empresa de mídia do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com um processo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em um tribunal federal na Flórida. A alegação é de que o magistrado teria ordenado, de forma indevida, a censura de perfis de comentaristas conservadores brasileiros nas redes sociais.
Motivo da ação
O processo foi movido em conjunto com a Rumble, uma plataforma de vídeos que atua como alternativa ao YouTube. Segundo a empresa de Trump, Moraes teria solicitado a remoção de contas de brasileiros nos EUA, impactando sua operação, uma vez que a TMTG utiliza tecnologias da Rumble.
A companhia de Trump também faz referência ao embate entre Elon Musk e o STF, alegando que, desde 2022, o ministro teria determinado a suspensão de quase 150 contas de críticos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo parlamentares conservadores, jornalistas e artistas.
Pedido à Justiça dos EUA
A TMTG pede que o tribunal americano declare inexequíveis as ordens de Moraes relacionadas à remoção de contas de brasileiros baseados nos EUA. Além disso, solicita que o juiz proíba que plataformas como Apple e Google removam aplicativos como o Rumble de suas lojas a pedido do ministro.
Posicionamento das empresas
O CEO da Trump Media, Devin Nunes, declarou que a empresa está comprometida com a liberdade de expressão e que vê o caso como uma tentativa de censura política. “Este não é apenas um slogan, é a missão principal desta companhia”, afirmou.
A BBC News Brasil tentou contato com Alexandre de Moraes, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.